A semana havia passado como um vendaval. Entre revelações, tensão, reencontros e segredos, os dias na casa de campo pareciam ter durado uma eternidade. Agora, com a reforma quase finalizada e os ânimos mais controlados — ao menos na superfície — era hora de cada um voltar à sua vida.
Na sala, as malas começavam a se acumular ao lado da porta de entrada. Clara dobrava algumas roupas em cima do sofá, enquanto Camila guardava seus livros e o notebook com cuidado. Gabriel, de pé perto da janela, observava o entardecer com o semblante concentrado. A tranquilidade da paisagem contrastava com os pensamentos agitados que tomavam conta do grupo.
— Parece que foi mais de um mês, né? — disse Bruna, fechando a última mala com um suspiro.
— Quando a gente vive tanta coisa em pouco tempo, os dias se arrastam. Ou voam. Ainda não sei dizer — comentou Camila, sentando-se ao lado de Clara.
Lucca apareceu na porta da cozinha, secando as mãos em um pano de prato. Tinha passado boa parte do dia revisando