Eduardo olhou o relógio e respirou fundo. Já passava das seis da tarde, e ele sabia que, se quisesse causar uma boa impressão, teria que agir agora. Pegou o celular, pensou em mandar uma mensagem, mas algo nele o impulsionou a fazer diferente. Vestiu uma camisa mais arrumada, borrifou um perfume amadeirado suave e saiu do seu apartamento decidido. Atravessou o corredor do prédio até o andar de cima, viu a porta de Lorena e bateu.
Ela abriu a porta com uma expressão surpresa, mas um leve sorriso curvou seus lábios assim que viu quem era.
— Eduardo? — disse ela, ajeitando uma mecha do cabelo solto.
— Oi, Lorena. Sei que é meio em cima da hora, mas... queria saber se você toparia jantar comigo hoje. Um restaurante bacana, comida boa, vinho melhor ainda. O que acha?
Lorena o olhou por um segundo que pareceu longo. Seus olhos analisavam cada detalhe do rosto dele. Então, ela sorriu.
— Você tem sorte que eu ainda não decidi o que pedir pelo aplicativo. Me dá vinte minutos?
— Te dou trinta,