Narrado por Lorena
A luz da manhã entrava preguiçosa pelas frestas da cortina, tingindo o quarto com um tom dourado e suave. O calor do corpo de Eduardo ainda estava presente ao meu lado, sua respiração calma, o braço jogado displicentemente sobre minha cintura. Sorri, sentindo uma paz gostosa se espalhar pelo peito.
A noite anterior havia sido intensa — em todos os sentidos. Ele tinha sido carinhoso, gentil, selvagem na medida certa. Não era apenas atração física. Tinha algo a mais. Algo que fazia meu coração acelerar de um jeito novo, diferente. Um misto de medo e desejo, como se estivesse pisando em solo desconhecido.
Estava quase voltando a cochilar, aninhada no peito dele, quando a porta do apartamento se abriu.
— Lorena? — ouvi uma voz masculina chamar do lado de fora.
Arregalei os olhos.
— Merda! — sussurrei, me sentando na cama num pulo. Eduardo despertou assustado, erguendo o tronco.
— Que foi?
Antes que eu pudesse responder, a porta do quarto se escancarou.
— Lorena, você tá