— Você está com outro homem? — perguntou com a voz grave, andando até mim, e me encurralou entre a cama e a cômoda.
— Não — respondi, sem deixá-lo perceber minha voz trêmula. — Claro que não estou com outro homem, Raul.
— Ótimo! — ele voltou ao tom de voz doce, como se estivéssemos negociando a compra de um sofá. — Isso seria muito ruim para nossa família, certo?
— Raul, por favor, vá embora — aproveitei seu afastamento e me sentei na cama, mantendo distância e tentando parecer calma — Já é tarde, estou cansada. A gente conversa sobre isso depois.
Inesperadamente, ele me puxou pelo braço e me empurrou contra a cômoda. O hálito carregado de álcool e o cheiro forte do corpo dele me deixaram enjoada.
— Eu vou ficar, Jennifer. Você não pode fazer isso comigo — ele gritava, alternando entre raiva e um choro falso. — Não pode me deixar sozinho.
— Me solta, você está me machucando — tentei permanecer serena, mas a verdade era que não sabia como sairia daquela situação. — Você está bêbado e v