— Você não pode fazer isso comigo.
— Posso e fiz. — A voz era afiada como lâmina. — Carlos, passe as ordens para o haras.
— Pode deixar, Fernando. É melhor assim.
— Carlos! Você é meu irmão, deveria me defender.
Mariana o olhava cheia de rancor.
— E é exatamente isso que estou fazendo. — A voz de Carlos era firme, mas não autoritária — Enquanto essa situação não se resolver, você tem que obedecer.
— Eu só quero me distrair um pouco e todos sabem que eu gosto de cavalgar.
Natália permaneceu em silêncio sem entender o que se passava exatamente. Sabia que Mariana havia se envolvido com pessoas que não agradavam a família. Mas com o clima da mesa ela guardou para si suas dúvidas.
Fernando sorriu, um sorriso frio e calculado, e pousou a taça com calma.
— Mas não é o que fiquei sabendo. — Fernando a olhou de forma acusadora. — Você acha que não sei que você tem saído para cavalgar sozinha, mesmo com a suspeita de que aquele homem possa estar nos arredores da fazenda?
Mariana o olhou ao m