Assim que entrou no quarto, Natália girou a chave duas vezes e encostou-se na porta por alguns segundos, respirando fundo. Só então tirou os sapatos, a peruca e deixou-se cair na cama como se carregasse o peso de dias inteiros. O corpo estava exausto, mas era a mente que parecia não parar. A presença de Carlos a incomodava de um jeito estranho, perturbador e o mais assustador era admitir para si mesma que ele conseguia mexer com ela.Passou as mãos no rosto, tentando afastar o pensamento. Olhou em volta, o quarto era confortável, ela se sentia protegida ali, mas não totalmente segura.Pegou o celular na bolsa grande, ainda desligado. Por precaução, só o ativaria quando estivesse sozinha. Ligou, e em segundos a tela acendeu. Apertou o contato de Cristina, que atendeu quase de imediato.— Natália do céu! — a voz de Cristina transbordava apreensão. — Até que enfim! Está tudo bem?Natália fechou os olhos, exalando um suspiro que misturava cansaço e alívio.— Sim… ainda estou inteira. — t
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