Na manhã seguinte, Natália estava diante do portão de ferro do convento que também servia como internato. O coração batia descompassado. Não podia negar: estava nervosa, quase em pânico. O carro que viria buscar Cecília estava atrasado, e a cada minuto parecia uma eternidade.Olhou para o relógio no celular e suspirou.“O que estou fazendo aqui? Ainda dá tempo de fugir…” — pensou, mordendo o lábio inferior.O sol forte refletia no vestido bege elegante que vestia, e a obrigava a ajeitar a peruca de cabelos negros vez ou outra. Os óculos escuros escondiam sua apreensão, mas a bolsa grande, nada elegante, destoava completamente das malas caras ao seu lado.Estava prestes a mandar mensagem para Cecília, confirmando o horário, quando um carro preto de luxo com vidros escuros, aproximou-se lentamente. O estômago de Natália revirou. Agora não havia mais volta. Respirou fundo, ergueu o queixo com altivez e vestiu o papel que precisava interpretar.O veículo parou diante dela. O motorista des
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