Capítulo 17
Mariana Bazzi
Ezequiel segurava um homem pela gola da camisa, quase o erguendo do chão, encostando-o contra a parede. Um dos seguranças — magro, nervoso, claramente despreparado — tentava falar algo entre gaguejos.
— E-eu não sei... senhor... juro por Deus...
— Não jure por Deus, jure pela sua vida — Ezequiel rosnou, os olhos apertados de raiva. — Elas estavam aqui ontem. Onde estão agora?
— R-Roberto saiu com elas, Don! Eu... eu não sei pra onde! Só sei que levou um carro, com dois caras... e... e disse que voltava em meia hora... Só levou as melhores dançarinas.
— Isso foi há quanto tempo?
— D-duas horas...
Ezequiel o soltou com força, e o homem caiu no chão, tossindo e puxando o ar. O Don se virou. Havia algo nele agora — um fogo silencioso, frio, letal. Ele sacou o telefone do bolso do terno e falou firme:
— Ativem o rastreamento. Quero saber onde esse filho da puta está. Se ele mexeu um dedo nelas, quero a cabeça dele numa bandeja. Hoje.