Às cinco horas, a chuva começou a cair.
Ademir saiu do elevador, com o semblante sério e tenso.
Hoje, Vitória havia feito exames, e os resultados não eram bons...
Chegando à entrada do prédio, ele avistou Karina sob o beiral da casa. Parecia que ela não havia trazido guarda-chuva e estava se protegendo da chuva.
Depois de hesitar por um momento, Ademir se aproximou e se posicionou ao lado de Karina:
— Não trouxe guarda-chuva?
Ao ouvir a voz, Karina olhou para cima e sorriu, assentindo levemente.
— Pois é.
— Você vai para a Rua de Francisco Antônio?
— Sim.
— A chuva está forte, eu te levo.
O carro de Ademir estava estacionado no estacionamento subterrâneo, e se fosse com ele até lá, ela não se molharia.
— Não precisa! — Karina recusou, rapidamente.
O semblante de Ademir, normalmente tão calmo, se fechou um pouco, e ele demonstrou certo desagrado.
— Por que não? Só porque ainda não sou seu ex-marido, você vai recusar até uma carona?
— Não é isso... — Karina parecia um