Mayane Figarellla uma garota inocente e doce perdeu os pais aos 10 anos de idade, desde então foi criada por Will Figarellla, seu meio irmão. Sua relação com seu irmão muda quando ele dar um beijo no dia do seu aniversário, fazendo que certos sentimentos apareçam. Esses sentimentos acabam despertando uma versão diferente do que ela um dia foi e causando uma série de situações. Will Figarellla não deseja fazer mal a sua irmã, ele acreditava ser um homem de caráter bom e protetor, mas seus sentimentos pela sua irmã muda seu modo de pensar sobre si mesmo o fazendo aceitar que realizar os desejos dela seja a única forma de se redimir de sua terrível decisão de ter lhe beijado. O sentimento proibido deles fazem eles tomarem um rumo diferente de uma família e colocando suas personalidades e caráter a prova. Será que ficar juntos é a decisão certa? Será que eles serão felizes?
Leer másHá doze anos atrás, o princípio de tudo.
Hoje é a véspera do aniversário de Mayane, uma garotinha doce, meiga, gentil e de um sorriso encantador. Sua mãe Marcia havia saído bem cedo para terminar os preparativos de sua festa de oito anos. Ela havia chamado ela para ir junto, mas Mayane escolheu ficar em casa para esperar sua amiga Jennifer chegar e, assim, poderem brincar na sala de jogos. Ela não sabia que aquele seria o último dia de uma vida normal e tranquila. Depois, tudo ficaria de cabeça para baixo, sua vida mudaria completamente e não teria como voltar atrás, apenas seguir em frente e tomar as decisões necessárias, mas nem sempre corretas, apenas necessárias. A mansão, nesse dia, estava bem agitada. Todos os empregados passavam apressados por aqueles corredores longos e espaçosos. Todos os membros da família haviam se hospedados lá. Aquelas tias chatas e interesseiras, que eram mães daqueles primos irritantes e mimados que dá vontade de vomitar de nojo. Aqueles tios que só sabem falar de negócios, dinheiro e casamento arranjados para suas filhas, casamentos que sempre beneficiam seus próprios interesses. Enfim! Estavam ali reunidos, em um único lugar, todas aquelas pessoas repugnantes, superficiais e pobres de alma, bem no dia de uma terrível tragédia. Mayane estava na sala de jogos, tentando brincar com sua amiga, quando seu primo Jeffrey, de 10 anos, derrubou propositalmente, em sua costa, o suco que ela havia deixado na mesa que estava perto dela. Ela virou-se rapidamente para ele, com um tom muito zangada, disse: - Por que fez isso? Vou contar para sua mãe! Ela o encarou, mas ele apenas sorriu com um olhar sarcástico e disse: - Foi um acidente! Você é tão pequena que eu não te vir aí. A respiração de Mayane acelerou e ela queria poder empurrá-lo e jogar o suco que ainda restava no copo. Tão pouco, ela se controlou o suficiente para não fazer isso. Ela, como uma garota esperta, sabia que ele sairia como inocente e ela se tornaria a vilã. Jennifer a segurou pelo braço e disse: - Você fez de propósito! Eu vi! - Você não viu nada! não se mete, garotinha estupida. - Vamos Jennifer, preciso me limpa - Mayane diz puxando sua amiga para fora daquela sala, pois ela sempre era pacífica e procurava se manter longe de qualquer confusão. Quando caminhavam em direção ao banheiro, elas passam na frente de um quarto, onde Mayane ouve seu tio gritar em espanto: - Não acredito! Como isso aconteceu?! Ele estava assustado com a notícia que acabara de receber de um hospital próximo. Ninguém espera uma notícia dessas na véspera de uma festa. Ela para imediatamente e se aproxima da porta. Uma de suas principais personalidades é a curiosidade. Isso ela não consegue esconder. O tom de voz do seu tio diminui e, mesmo com os ouvidos pregados na porta, ela não consegue ouvir mais nada, além dos passos rápidos que vem em direção da porta. Jennifer a puxa e as duas correm para o banheiro. Para elas, era uma situação engraçada, elas riem e respiram fundo para recuperar o folego. Elas não voltam para a sala de jogos, mas vão para o quarto de Mayane. O tempo passa e ela começa a notar que todos estavam estranhos. Seu pai não almoçou em casa, nem os dois tios dela, as tias pareciam estarem com cara de choro, mas sempre que ela perguntava o que houve, davam uma desculpa qualquer ou apenas diziam que não era nada. Seu irmão Will estava sério e mal falava. Will era seu irmão mais velho, ele tinha 16 anos na época e já fazia faculdade. Ele era filho do primeiro casamento de Rodolfo, pai de ambos. Will passou a morar com o pai seis anos depois do nascimento de Mayane. Ele e a irmã eram inseparáveis! Ele a amava como nunca! Tudo o que ele pudesse fazer por ela, ele fazia. Para Will, vê sua irmã mais nova feliz, o deixava feliz. Ele era extrovertido, sorridente, educado, gentil e superprotetor. Mas ele não riu e nem brincou durante o almoço e parecia muito preocupado, todos pareciam, mas ninguém ousava contar para ela. O dia terminou e a noite negra acabara de se iniciar. Já fazia um tempo que Jennifer havia ido embora. Mayane permaneceu em seu quarto esperando o jantar, mas só então, ela começou a sentir a falta de sua mãe. Ela andava pelo quarto e olhava pela janela com a esperança de vê-la chegar, mas ela não chegava. A agonia começou a tomar conta de seus pensamentos de criança. Ela caminhou pelo quarto e estava prestes a abrir a porta do quarto, quando Will a abriu. - Para onde estava indo garotinha? – Will pergunta com um breve sorriso no rosto que logo desaparecera. Ele estava triste e não conseguia esconder suas emoções, mas sabia que uma hora alguém precisa contar para ela. Não precisa ser eu, não consigo contar, ela vai ficar arrasada. E pensamentos assim entravam em sua mente naqueles breves segundos que ele a olhava. - Estava indo para o quarto da minha mãe, eu decidir esperar ela lá, pois ela prometeu que iriamos assistir filme juntas – Sua voz não parecia nada confiante, de alguma forma ela sabia que isso não iria acontecer. Will sente seu coração apertar, ele não queria vê-la triste, não queria vê-la chorar, isso acabaria com ele, ele a amava muito e não saberia como consolá-la numa situação como está. - Que tal jantarmos e depois eu te levo para assistir um filme? - Eu não quero jantar! Não estou com fome – ela diz um pouco irritada, pois estava cansada de espera sua mãe. - Então a gente não janta, vamos apenas fazer pipoca para assistir filme, o quê você acha? – sua voz parecia bem animada, mas a verdade é que não passava de um pequeno teatro, ele não estava animado, ele estava triste, nervoso, com medo e inquieto por dentro, mas no momento não podia demonstrar nenhuma dessas emoções a ela. - Sério, Will? – Ah ele conseguiu, ela ficou feliz. - É, vamos lá para a cozinha preparar uma pipoca deliciosa! - Está bem – ela diz praticamente pulando para fora de seu quarto. Mayane se senta numa cadeira que estava perto do balcão, enquanto Will começa a preparar a pipoca, ele faz piadas e até encena algumas coisas engraçadas, que não só fazem sua irmã rir, mas como todos os empregados que entram e saem da cozinha. Ele estava se esforçando para entretê-la da melhor maneira possível. Eles se direcionam para a sala de filme que ficava bem no final do primeiro corredor. Era a sala proibida para Mayane, seus pais não permitiam que ela entrasse naquela sala livremente. Ela só acessava a sala na companhia de um adulto e em ocasiões especiais, mas com filmes selecionados adequadamente. - Pronto chegamos! – Will diz ao abrir aquela enorme porta. A sala era espetacular. Com uma tv enorme e sofás grandes e macios. O chão era todo coberto por um enorme tapete que ao deitar não dava vontade de levantar mais. - O que vamos assistir Will? - O que você quiser! - A mamãe e o papai, não me deixam assistir o que eu quero – ela fala cruzando seus pequenos braços ao olhar para seu irmão. - A mamãe e o papai não estão aqui, estão você vai assistir o que você quiser - ele diz enquanto a puxa para escolher um filme. Ela acabou escolhendo um filme de comédia. Eles se deitam bem pertinho um do outro no tapete. O filme começa, eles riem e se divertem com os acontecimentos dos personagens. Ela não só estava prestando atenção no filme como em seu irmão. Ela nunca havia notado ele antes, mas hoje ele o observava, cada detalhe de seu rosto, ele era lindo, ela percebeu isso, seus olhos tinham um tom de verde que pareciam esmeralda, sua pele não era completamente branca, mas um pouco corada e ele tinha um pequeno sinal em sua bochecha esquerda, de maneira que quando ele sorria, o sinal ficava bem no centro da covinha que se formava em sua bochecha. De repente seus pensamentos são interrompidos por uma lembrança que a deixaram muito curiosa, mas não teve coragem de perguntar para alguém. - Will – ela pronuncia bem baixinho. - Oi – ele diz ao virar sua cabeça lentamente para olhá-la. - É que eu queria te perguntar uma coisa. - O que é? - Bom, é que uma vez quando eu fui ao quarto da mamãe, ela estava junto do papai – ela para pôr um momento, o nervosismo toma conta dela. - Como assim juntos? – ele a olhar com muita curiosidade. Tomara que ela não tenha visto eles fazendo nada demais. Merda como eles que tanto a protegem puderam vacilar desse jeito. Como eu vou explicar isso para ela? Merda, merda, merda, que não seja isso.... - Não sei bem, mas eles estavam bem pertinho um do outro e o papai estava com a boca dele engolindo a da mamãe. O que eles estavam fazendo? Will solta o ar que estava em seu peito e fica aliviado por não ser o que ele estava pensando, mas não consegue conter o riso. - Por que está rindo? – ela pergunta sem entender nada. - Nada, eu só achei engraçado. - Vai me responder? - Sim! é, bom, isso se chama beijo, geralmente pessoas adultas fazem isso. - Por que eu nunca vi nenhum adulto fazendo isso? – ela estava intrigada com a resposta de Will. - Super proteção de seus pais, eles tomavam todo o cuidado necessário, para você não vê essas coisas. - Parece nojento – ela diz rindo e com um pouco de vergonha. - Mas não é – ele responde rindo. - Como você sabe que não é, Will? - Eu sei – ele responde, mas não queria se aprofundar nesse assunto. - Você já beijou? – ela pergunta alto e parecia está surpresa com sua própria pergunta. - Não, claro que não – ele responde com a voz alterada e nervosa – acho melhor a gente terminar de assistir ao filme. Surge o silêncio na sala e ambos voltam a atenção para a tv. Não faltava muito para o filme terminar, quando Mayane faz uma pergunta um tanto inapropriada. - Por que você não me beija Will? Ele se vira para ela assustado e a encara. Ambos se encaram, mas ninguém fala nada. Ele sabia a resposta, a resposta era NÃO PODEMOS, mas nada diz. O coração de Will fica acelerado, ele parecia nervoso. Ele abre a boca pronto para responder, mas quando as primeiras palavras iriam sair, o relógio desperta, avisando que é meia noite. Ele respira fundo e bem devagar ele deposita um breve selinho nos lábios de sua irmã. - Feliz aniversário – ele diz olhando em seu olho. Ele a observa por um momento, antes dele voltar a olhar para a tv. Mayane sente algo em seu pequeno e inocente coração despertar. Algo que ela não compreendia, mas para ela parecia bom. Ela apenas o observa o resto do filme inteiro, mas ele não a olha nenhum momento se quer. A verdade é que ele se sente mal por isso, ele está se culpando e martirizando. Essa era a parte racional dele. A parte emocional havia gostado do que fez, ter tocado aqueles lábios macios e rosa. Ele estava tento uma guerra de consciência e emoção. Mas pôr fim a consciência venceu e ele prometeu em seu intimo que ele jamais ousaria fazer isso novamente.Desde que voltei de viagem, nunca mais vi o Sr. Rodrigues, ele me mandou mensagem algumas vezes, mas a verdade é que eu mal conseguia responder, ele de alguma forma estranha me deixa nervosa. Foi um pouco difícil convencer Caleb de me deixar aqui, principalmente depois do que aconteceu, ele achou que eu poderia estar tentando fazer alguma coisa que me colocasse em perigo, mas por fim ele finalmente cedeu e saiu. 📨SR. Rodrigues Boa garota. Olhei mais um pouco em volta, então um carro estaciona bem na minha frente. Sinto meu coração acelerar, de repente um nervosismo toma conta de mim. A porta se abre e então consigo ver ele com um sorriso largo em seu rosto sair de encontro ao meu. - Boa tarde cinderela. Ele diz antes de pegar minha mão e levar até seus lábios úmidos. Seu beijo no dorso da minha mão, faz uma sensação estranha e ao mesmo tempo agradável se instala na minha barriga, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. - Boa tarde. Minha voz sai mais como um sussurro.
A escolha do carro pareceu até mais simples do que eu imaginaria ser. - Nossa que câmera legal, de quem é? pergunto ao notar uma câmera no banco de trás do carro de Caleb. -minha. - Não fazia ideia que você batia foto profissional, posso pegar? - claro que pode, mas eu não bato foto profissional, não ainda pelo menos. - Está fazendo curso? pergunto enquanto analiso a câmera que com certeza era de última geração. - Troquei de curso na faculdade. Ele diz com um sorriso no rosto. - Sério? Caleb era uns dos melhores alunos, nunca imaginei que não fosse a faculdade que ele queria. - Depois que você também trocou de curso para um que se relacionava melhor a empresa da sua família, eu decidi fazer o mesmo, já que eu e o meu pai estávamos nos entendendo, decidi para de irritar ele. - Então você só estava fazendo essa faculdade para irritar ele? - Sim. Sua resposta foi como se ele estivesse confessando um pecado engraçado.- você não estava fazendo o mesmo? - Não, eu só n
Pouco tempo atrás eu só queria que Will voltasse pra casa, queria poder tomar café da manhã, almoço e jantar juntos, mesmo que não trocássemos uma única palavra, a presença dele me bastaria pra me sentir bem, cheguei até desejar que verônica viesse também, se isso fosse trazer Will pra perto de mim, na época não simpatizava muito com ela, mas estava disposta a suportar sua presença se Will estivesse perto Um mês se passou desde que eles chegaram de viagem e se instalaram aqui em casa, onde todo meu plano de viagem foi sabotado, não consegui ter coragem de sair de casa e ir embora do país, mas isso nem é o pior, todas às manhãs eu preciso tomar café junto deles e respirar o mesmo ar da felicidade da vinda de um bebê. Me sinto um monstro por não estar verdadeiramente feliz, por estar sorrindo com a verônica, um sorriso falso de felicidade, ela com certeza não merece isso, mas é o melhor que posso fazer agora. Hoje ela está mais radiante do que os outros dias e sorrir está mais dif
- Você tem noção de como eu estava preocupado com você? sua voz estava meio áspera e indiferente. Meu coração estava acelerado, eu estava meio nervosa, mas olhando em seu rosto, sua boca, sentindo seu cheiro, fazia meu toda mágoa e raiva que eu estava sentindo se dissipar, como pode alguém ter tanta influência assim? Permanecia em silêncio observando seus traços, que eram extremamente perfeitos. - O que você estava pensando May? Ir embora sem avisar ninguém, eu cheguei no apartamento a sua procura e quando percebi que não estava lá eu tentei te ligar, mas você não atendia, eu quase fiquei louco, achei que alguma coisa grave tinha acontecido, verônica disse que você estava lá mais cedo e que estava bem. Ele disse me puxando para seus braços, me agarrando por completo como se quisesse me unir a ele. Pelo visto verônica era leal, pois não contou para ele que eu estive no baile, ela poderia ter contado, mas talvez estivesse esperando o momento certo para contar, caso eu realmente
Estava tão acostumada a tomar café sozinha, mas era muito estranho estar numa lanchonete onde todas as pessoas estão acompanhadas, rindo e felizes com alguém. Isso era mais como um tapa na cara de que eu não tinha ninguém, ninguém para conversar e chorar, ninguém para sorrir ou comemorar os feriados. Sinto saudades da minha infância, saudades dos meus pais, principalmente dos almoço e jantares juntos, era tão bom e agora só restou lembranças da época boa que vivi. Desde que liguei meu telefone de manhã, ele literalmente nao para de tocar. Ao olhar o visor vejo o nome de verônica aparecer. Eu senti que precisava atender, ela não tinha culpa, eu era a culpada. - Oi - MDS May, você está bem? Aonde você está? caramba, achávamos que você tinha sido sequestrada ou algo do tipo, Will até ligou para polícia, estávamos indo prestar queixa. - Me dá esse telefone, preciso falar com ela. ouço a voz de Will um pouco distante. - Eu tô bem verônica, eu só estou indo para casa. - M
CAPÍTULO 41Diferente do que eu imaginei, ele sorriu sem mostrar os dentes - Eu nunca tive muito tempo para relacionamentos, então tive algumas namoradas, mas nada que me levasse a um compromisso a sério.Não sei porque o alívio me consumiu, mas outra pergunta surgirá e eu precisava da resposta, então tentei perguntar de uma maneira esporádica, sem mostrar meu total interesse na resposta - E namorada?Seu sorriso largo apareceu novamente - Não estou comprometido no momento, mas às coisas podem mudar.COMO ASSIM MUDAR? eu estava prestes a perguntar quando todas as luzes foram acessas. Verônica estava no palco um pouco distante de onde eu estava e do seu lado will segurava sua mão e tinha um enorme sorriso.De repente sentir uma pontada no coração, um sentimento estranho se apoderou de mim e por um instante pensei que poderia ser eu lá ao lado dele segurando sua mão.- Boa noite, agradecemos a presença de todos nesse evento que é extremamente importante não só para a empresa, mas para
Último capítulo