Com "certas pessoas", ele se referia a Filipe.
Filipe, por outro lado, ficou cada vez mais parecido com uma garota.
— Quem? Tem alguma foto?
— O Filipe...
Karina, curiosa, perguntou:
— Quero ver. Quão parecido com uma menina ele era?
— Agora não. Elas estão todas guardadas na mansão da família Barbosa, na Cidade J.
Ele pensou por um momento e, com orgulho, disse:
— Precisa mesmo de fotos? Basta olhar para a Joyce.
Karina caiu na risada com o comentário dele.
Mas, afinal, ela ainda estava com febre alta e não se sentia muito bem.
Ademir pegou um lenço de papel e enxugou as lágrimas dela:
— Seus olhos estão doendo, não é? Feche os olhos e descanse um pouco.
— Está bem.
De fato, os olhos dela doíam por causa da febre, e já era tarde da noite. Ela não conseguia mais resistir.
— E você? — Ela apontou para a mesa grande, preocupada com ele, que também estava machucado. — Ali tem roupas descartáveis. Vista uma e deite um pouco.
— Entendido. — Ademir estendeu a mão e deu