— Então eu também não vou embora.
Ademir, sendo rejeitado, segurou a mão de Karina firmemente, sem a soltar. Ela estava tão machucada... Como ele poderia ir embora?
Ele olhou para trás, na direção da cuidadora, que segurava uma bandeja com um saco de gelo, álcool e duas compressas de gaze. Ao ver aquilo, ele compreendeu imediatamente.
— Deixe aqui, pode deixar comigo.
— Mas...
— Não. — Karina franziu a testa, olhando com raiva para ele. — Você não vai me ouvir? Eu posso já estar infectada, mesmo que ainda não tenha se manifestado a infecção.
— Por isso mesmo eu...
— Ademir. — Ele mal começou a falar e foi interrompido por ela. — Você pode, por favor, ouvir o que os médicos dizem? Você está cheio de ferimentos, a chance de você se infectar é maior do que a de uma pessoa saudável.
— Eu já me enfaixei. — Ademir puxou a manga da camisa, quase tirando a roupa para mostrar. — Olha, eu me enfaixei bem apertado.
Ele realmente não queria ir embora, e não podia.
Quantas vezes,