Ademir olhou para a mulher em seus braços. Na verdade, como ele mesmo não estaria com medo? A situação estava acontecendo com Karina, mas o medo dele não era menor.
Tudo o que podia fazer era rezar silenciosamente a Deus, pedindo que não fosse tão cruel...
Quando o céu começou a clarear, Ademir percebeu que a febre de Karina havia diminuído um pouco. Sua respiração estava mais leve, e ela acabou adormecendo. Ele relaxou e, a segurando nos braços, também dormiu um pouco.
Ao acordar, abriu os olhos e viu Karina deitada de lado, olhando para ele.
Ademir sorriu:
— Acordou? Dormiu bem?
— Sim. — Karina assentiu com a cabeça. — De qualquer forma, fico só deitada, às vezes acordada, às vezes dormindo.
— Agora parece que está com mais disposição. — Ele levantou a mão para tocar sua testa e deslizou os dedos pelo cabelo dela. — O cabelo está molhado. Quer lavar?
— Quero.
Ademir se levantou e a ajudou a ir até o banheiro.
Karina se deitou confortavelmente, enquanto Ademir test