A frase não estava completa, ela disse apenas metade.
Ademir, porém, congelou por completo.
Ele compreendeu o que ela não disse.
Ademir tentou disfarçar a tensão, forçando um sorriso:
— O que significa "está melhorando lentamente"? Ele acordou?
Impossível. Se ele tivesse acordado, ele já teria sido informado.
— Não... — Karina balançou a cabeça. — Mas ele vai acordar...
Ela ainda queria continuar, mas Ademir, sem paciência, interrompeu com um sorriso frio:
— O que é isso? A pessoa ainda não acordou e você já quer me largar para ficar com ele?
— Ademir...
— Não acha que está cedo demais? — Ademir estava visivelmente agitado, não lhe dando oportunidade para falar. — Não é que eu não esteja torcendo por ele, mas se ele vai acordar ou não, ainda não é certo.
Era a verdade, e Karina sabia disso.
Ela assentiu.
— Eu sei, mas achei que deveria te avisar...
Ademir riu, mas foi um riso frio.
— Ah, você tem medo de que eu não consiga aceitar, não é? Que bom que está tão preocupada comigo, agradeç