Joyce logo se lembrou que, diante da mãe, não poderia chamar o tio de "papai":
— O tio segurou a mão da Joyce, foi ele que me ensinou!
— Já agradeceu ao tio?
— Claro, o tio é muito bom!
Por um momento, o coração de Karina ficou em um turbilhão de emoções.
Embora o tempo em que moraram na mansão Mission Hills tenha sido curto, ela não era boba e percebeu o quanto Ademir cuidava de Joyce.
Existiam pessoas que tinham a responsabilidade de ser pai, e Ademir era claramente uma dessas pessoas.
Nesse momento, Maia se aproximou e perguntou:
— Sr. Ademir, Dra. Costa, a refeição está pronta, podemos começar?
— Claro.
— Vamos comer! — Joyce largou o livrinho e correu até Ademir. — Tio, vamos lavar as mãos e comer juntos!
A pequena bola fofinha sabia que o tio não podia pegá-la por causa de uma lesão, então, obedientemente, segurou a mão dele.
— Vamos lá.
Ao olhar para as costas dos dois, Karina se sentiu ainda mais angustiada.
“Se algum dia eles se separarem, será que a Joyce vai chorar?”
Chorar