A estrada era longa, cercada por campos amarelados e árvores esparsas que dançavam com o vento frio do fim de tarde. James mantinha as mãos firmes no volante, mas sua mente estava um turbilhão. A cada quilômetro que se afastava da cidade, mais fundo mergulhava em lembranças e perguntas sem resposta.
O GPS indicava que faltavam apenas dois minutos até o destino. Ele passou por uma placa enferrujada que dizia “Bem-vindo a Santa Amélia”, uma cidadezinha esquecida no mapa, do tipo que parecia ter parado no tempo. Casas simples, ruas silenciosas, e um silêncio inquietante no ar.
James estacionou diante de uma casa modesta, com a pintura descascada e o jardim negligenciado. Respirou fundo, tentando preparar-se para o que estava prestes a encontrar. Subiu os degraus da varanda com passos firmes e bateu à porta de madeira envelhecida.
Não demorou muito para que ela se abrisse.
A mulher à sua frente parecia carregada de uma tristeza antiga. Os cabelos grisalhos presos num coque simples, olhos