O ponteiro do relógio da sala de reuniões parecia zombar de Ethan Carter. Cada tic-tac era uma punhalada silenciosa, uma lembrança cruel de tudo o que ele havia perdido e de tudo o que ainda poderia perder.
O espaço à sua volta parecia distorcido, como um eco longínquo de uma vida que ele não conseguia mais tocar.
Apresentações em slides, gráficos brilhando nas telas, vozes impostoras discutindo estratégias e lucros… tudo soava vazio.
Ele estava ali de corpo presente, mas a alma … a alma de Ethan ainda vagava do outro lado da cidade, onde o nome que assombrava seus pensamentos havia finalmente retornado.
Helen…
Respirando o mesmo ar, andando pelas mesmas ruas, tão perto que a simples ideia o fazia querer sair correndo daquela sala, explodir as barreiras da razão, e simplesmente se ajoelhar diante dela. O desejo era tão brutal que doía. E, enquanto tentava se concentrar na reunião, naqueles rostos sem importância que riam e falavam banalidades, algo dentro dele se partiu.
Um dos acion