Ao entrar na sala, encontro os três adultos espalhados em cantos opostos do cômodo, como peças de um tabuleiro mal jogado. Nenhum deles se olha. Nenhum parece respirar. O ar está pesado, espesso, como se as paredes absorvessem a tensão e devolvessem em silêncio. Aposto todas as minhas rúpias que o único som audível até agora foi o da minha respiração contida.
Assim que me nota, Bennet se levanta do sofá com um sorriso brando, quase tímido, e caminha em minha direção.
— Acha melhor eu ficar na cozinha? — ele pergunta em voz baixa. — Não quero piorar as coisas com a minha presença aqui.
— Não. Você fica. — sorrio de volta, tentando transmitir firmeza. — Nós três somos pais da Niyati, precisamos conversar todos juntos.
Seguimos juntos até o sofá, onde nos sentamos lado a lado. Kabir nos observa com olhos intensos, mas não desvia o olhar para Saniya nem por um segundo. Seu silêncio diz mais que qualquer grito.
— Sente-se, Saniya. — digo com gentileza, sem deixar de soar firme. — Agora que