Dormimos sem perceber durante a madrugada, até que os enfermeiros começaram os exames diários de Niyati logo pela manhã, e acordamos assustado. Percebi que, em algum momento da noite, nossos dedos se cruzaram, e não soltamos durante o sono.
Ficamos ali, entre sussurros e silêncios confortáveis, como se o mundo lá fora não existisse por alguns preciosos minutos. Bennet segurava minha mão com firmeza, como se quisesse me transmitir toda a força que ele ainda guardava, mesmo depois de tanto sofrimento.
ㅡ Você acha que Kabir vai entender se você me escolher em algum momento? ㅡ perguntou, com a voz quase inaudível, com medo da minha resposta.
Apertei sua mão, pensativa.
ㅡ Kabir é um homem justo, Bennet. Mas também é orgulhoso. Se isso acontecer um dia... Vai doer muito nele. Talvez mais do que eu possa imaginar. Mas no fundo, eu acredito que ele quer o melhor para você e para mim, mesmo que ele não saiba como expressar isso agora de forma correta.
Meu peito apertou, o medo e a culpa se ent