Niyati passou a noite entre o sono e a dor. Ela acordava reclamando de sede, às vezes choramingava por causa das pontadas no abdômen, onde os pontos da cirurgia ainda estavam frescos. Nós três nos revezamos em vigília ao lado da cama dela, para que, nem por um segundo, nossa menina ficasse sozinha.
Quando o sol finalmente atravessou as frestas da cortina, ela pediu para ver os avós. Não tivemos como negar. Na ala em que está agora, visitas familiares são permitidas em horários específicos, e o pedido dela soou mais como uma necessidade afetiva do que um capricho de criança.
— Você acha melhor contar antes ou depois que ela tiver alta? — a voz de Kabir cortou meus pensamentos.
Estávamos sentados lado a lado, observando a cena diante de nós: Niyati, com a cabeça encostada no travesseiro, e Bennet sentado ao lado da cama, obedecendo cada uma de suas instruções como se fosse um recruta disciplinado. Ela não podia se mexer muito, então ele fazia tudo: trocou a fralda da boneca, deu mamadei