A sensação de estar me afogando em nada faz minha visão escurecer. Meu corpo tenta desesperadamente puxar o ar, arquejando, mas meus pulmões se recusam a aceitar o oxigênio, como se uma manada de elefantes tivesse decidido repousar sobre meu peito. Minhas pernas falham. Vou ao chão, mas, segundos antes de uma queda humilhante em pleno teatro lotado, dois pares de mãos me amparam.
As lágrimas se acumulam em meus olhos, e tudo o que consigo ouvir é o eco da risada de Bennet, zombeteiro e cruel, vibrando dentro da minha mente.
Ele voltou. Ele voltou.
— A senhorita está bem? — a voz de um homem me alcança, enquanto sinto o ar em movimento; ele abana meu rosto com as mãos, preocupado.
— Querido, é senhora... — a mulher ao lado dele o corrige, ambos falando em inglês. — Não vê o bindi vermelho? — diz, referindo-se à joia na minha testa, sinal claro de que sou casada.
Meu olhar encontra o dela. Ela sorri com delicadeza.
— Consegue me entender, querida? — balanço a cabeça, afirmando, e alguma