Sílvio sentiu o cheiro de outro homem nas roupas dela. Reconheceu imediatamente o aroma do perfume de Basílio.
Lúcia, no entanto, estava mais preocupada com a urgência da situação, mordendo os lábios enquanto implorava:
— Sílvio, por favor, retome o tratamento do meu pai!
Ela usou a palavra “por favor”.
— Você não entende o que eu digo? Vai trocar de roupa agora! — Sílvio gritou, perdendo a paciência.
Foi nesse momento que Lúcia percebeu o quanto ele já estava farto dela. Não era de se admirar que tivesse mandado alguém tentar matá-la.
Sentindo-se humilhada, as lágrimas começaram a encher seus olhos, mas ela não queria se mostrar tão vulnerável na frente dele. Lutando contra o choro, Lúcia correu para o closet.
Assim que fechou a porta, ela encostou-se no painel rígido e frio, tapando a boca com as mãos enquanto soluçava baixinho.
“Sílvio, eu sou sua esposa... Você tem ideia de que quase morri nesses últimos dias? Será que é pedir demais que você me trate com um mínimo de carinho? Mesm