Lúcia enxugou as lágrimas e passou a noite inteira na internet, pesquisando as duzentas clínicas particulares e cem hospitais públicos de Cidade A.
Ela não acreditava que, entre mais de trezentos hospitais, não encontraria um que pudesse aceitá-los.
Os custos do hospital realmente estavam altos demais, e mais cedo ou mais tarde, seu pai teria que ser transferido.
No dia seguinte, Lúcia começou a ligar para os hospitais para saber sobre a transferência, mas logo percebeu que, ao mencionar seu nome, todos arranjavam desculpas. Ou os leitos estavam lotados ou os preços eram absurdamente altos, forçando-a a desistir.
Lúcia ficou perplexa com tanta coincidência.
Felizmente, sua persistência foi recompensada, e finalmente, um hospital público aceitou receber Abelardo.
Os custos não eram altos, bastava um depósito de cem mil reais para a internação.
Ela tinha exatamente duzentos mil reais no banco, o que seria suficiente por um tempo, enquanto ela procurava um emprego para sustentar o pai.
Lú