O resto da noite foi um borrão.
Elara voltou para o quarto, mas não encontrou descanso. O corpo estava exausto, mas a mente… a mente parecia um campo de batalha onde sentimentos se enfrentavam sem aviso.
Ela havia dito a Leon que ainda sentia algo.
E aquilo era verdade.
Mas também era verdade que Kael despertava nela algo diferente — visceral, urgente, caótico. Algo que ela não sabia como controlar… e talvez nem quisesse.
Ela desejava os dois de maneiras diferentes.
E por mais errado que fosse admitir, existia uma parte dela que não sabia se seria capaz de escolher.
Quando amanheceu, Elara se arrumou devagar, como se estivesse tentando adiar o inevitável.
Mas inevitável não espera.
Ao abrir a porta do corredor, encontrou Kael encostado na parede.
Ele estava ali.
À sua espera.
O olhar dele percorreu o rosto dela — atento, silencioso, perigoso na precisão.
— Dormiu? — perguntou.
Elara apenas soltou uma risada curta.
— Parece que dormir virou um privilégio.
Kael se aproxi