Por alguns segundos, tudo ficou em silêncio.
Não o silêncio comum — mas aquele tipo denso, pesado, que antecede uma tempestade inevitável.
Kael ainda segurava minha mão, e havia algo no toque dele… algo que não era apenas autoridade ou proteção.
Era conexão.
Reconhecimento.
Talvez até posse.
E isso era exatamente o que eu deveria temer.
Leon digitava freneticamente no painel enquanto falava:
— Eles estão tentando invadir por três pontos diferentes. Estão usando rotas mascaradas… e alguém do lado de fora está alimentando a invasão com dados internos.
— Alguém da equipe? — perguntei.
Leon ergueu uma sobrancelha.
— Ou alguém que conhece bem como tudo funciona.
Kael me soltou lentamente, como se fazê-lo exigisse controle.
— Elara, venha aqui — disse ele, gesticulando para uma segunda tela.
Eu me aproximei.
Assim que toquei o teclado, o sistema reconheceu minha digital e automaticamente abriu níveis que antes estavam bloqueados.
Leon me encarou, surpreso.
— Eles realmente