O barulho dos trovões parecia refletir o que se passava dentro de cada um deles. Do lado de fora, a chuva castigava o telhado de zinco do galpão como dedos nervosos tamborilando, impacientes. Lá dentro, a tensão ainda reverberava. As palavras de Miranda pareciam impregnadas nas paredes, como veneno que escorria lento e silencioso.
Ethan apertava os olhos, tentando controlar a raiva que ainda pulsava em suas veias. Seus punhos estavam cerrados e os ombros retesados como se o corpo inteiro estivesse preparado para a próxima guerra — mesmo que o campo de batalha estivesse em silêncio.
— Onde está o hacker? — repetiu James, se aproximando de Liam, que falava com os policiais enquanto entregava as coordenadas que eles haviam rastreado na última semana.
— Ela mantinha contato com ele por esse lugar — respondeu Liam, sério. — Um sinal secundário foi captado no porão. Vamos descer.
Sem perder tempo, os três seguiram pelo corredor lateral do galpão. O ar estava mais frio, e o cheiro de ferruge