Mas ela não se arrependia. Afinal, toda pessoa precisava arcar com as consequências de suas próprias escolhas.
O que ela sentia era ódio. Ódio por já ter cometido um crime... E, mesmo assim, Vitória não ter recebido o castigo que merecia!
No entanto, agora, Ademir lhe dizia que ela não teria problemas...
Com um simples gesto, ele já havia resolvido tudo por ela. Bastava que ela abrisse a boca, e o resto estava feito.
Karina deu um sorriso amargo. Foi assim também que ele protegeu Vitória, não foi? Só de pensar nisso, o rancor dentro dela fervia.
Mas ela não perguntou ao Ademir.
Karina sabia perfeitamente que ele jamais admitiria. Assim como em todas as outras vezes.
E, afinal, de que adiantaria perguntar? Ela nunca pensou que conseguiria convencê-lo.
Coisas que já haviam sido tentadas... Não mereciam ser repetidas.
A dúvida agora era: Karina aceitaria ou não a proteção dele?
Se não tivesse uma filha, talvez ela ainda insistisse em recusar...
Mas, ao pensar na menina, ela não conseguia