Depois de desligar o telefone, Ademir ficou um pouco atônito.
— Tio! Tio!
Mas Ademir não teve tempo de pensar muito.
A pequena bola fofa puxava com força a barra de sua calça, tentando com todas as forças escalar seu corpo. Seu rostinho já estava vermelho de tanto esforço, mas ela continuava sem conseguir se mover.
A criança parecia tão frustrada que estava prestes a chorar.
Ademir suspirou suavemente, com a testa franzida. Finalmente se abaixou, estendendo os braços para pegá-la no colo.
Sentiu em seus braços algo macio e quente, exalando aquele cheiro suave de leite.
— Tio.
Agora que finalmente estava sendo carregada, a pequena bola fofa se aconchegou em seu peito com alegria, se aninhando contente contra ele.
Com seus dedinhos gordinhos, apontou para a mesa ao lado:
— Comer, comer.
Tão pequenina, seu vocabulário ainda era bem limitado.
Ademir olhou na direção apontada e, sem dizer nada, se sentou com ela no sofá. Então perguntou:
— Qual você quer comer?
— Aquele.
— Tá bom. — Ademir