— Estou com fome... Eu não consigo encontrar a mamãe... — Os olhinhos da criança se fecharam, e ela caiu no choro.
Sílvia ficou paralisada, arregalou os olhos e olhou para Helena:
— Por que você assustou ela? Agora que está chorando, você vai saber lidar com isso?
— Eu... — Helena se sentiu injustiçada. — Eu nem falei nada.
— Sr. Ademir.
— Sr. Ademir.
As duas se viraram ao mesmo tempo para Ademir. Ele não respondeu, apenas massageou as têmporas.
Só de ouvir o choro da criança, a cabeça de Ademir já começou a latejar.
Ele fez um gesto com a mão e disse:
— Ela está perdida da mãe? Entrem em contato com o gerente daqui ou chamem a polícia.
— Está bem. — Sílvia se abaixou, estendeu os braços em direção à pequena bola fofa, querendo pegá-la no colo. — Irmãzinha, a mana te leva para encontrar a mamãe, tá bom?
A pequena bola fofa a encarou por um momento e balançou a cabeça em negação.
Helena não conseguiu segurar o riso e soltou uma provocação:
— Velha colega, parece que você não é muito que