MIGUEL
Eu e Anahí tínhamos um tempo apertado. Corri para o meu antigo quarto, peguei a escuta escondida e a enfiei no bolso. Minha missão era rápida: pegar o dispositivo, sair sem ser visto.
Descemos as escadas em silêncio. Anahí estava na minha frente, abrindo a porta dos fundos.
— Rápido — ela sussurrou, seu rosto tenso.
Nós mal havíamos chegado à porta dos fundos da casa dos meus pais, quando um carro de luxo parou na entrada principal. Meu estômago se revirou: era o carro de Natália.
— Droga! O que ela está fazendo aqui? — Anahí sussurrou, seu rosto pálido. Voltamos para a porta principal
— Ela está nos monitorando. Ela desconfia — eu respondi. — Fique calma. Apenas aja naturalmente.
Natália saiu do carro, com seu sorriso de pena forçado. Ela avançou em nossa direção, acompanhada pela governanta que abrirá a porta.
— Miguel, Anahí! Que surpresa agradável — Natália disse, a voz doce, mas os olhos de um predador. — Eu vim trazer flores para a lua, pensei que seria bom para animar.