Capítulo 29 — “Às vezes, o sol retorna pelos olhos de quem aprendemos a amar em silêncio.”
Isaac Aubinngétorix
Havia algo na forma como ela sorria agora que me tirava o ar.
Não era um sorriso pleno, nem algo teatral. Era quase um sopro, um reflexo delicado no canto dos lábios — mas que dizia tanto. E era isso que me desconcertava. Desde o início, eu soube decifrar dor, raiva, tristeza… mas alegria? Esperança? Essa eu não esperava ver nela tão cedo. Não depois de tudo.
Passei o dia inteiro tentando entender o que havia mudado.
Na reunião da manhã, Maeve anotava coisas em seu caderno com um foco que não via há semanas. De vez em quando, olhava pela janela como se o mundo lá fora estivesse mais interessante que nossos gráficos de projeção. Mas havia luz em seu rosto. Uma luz que não vinha de mim, e isso… talvez fosse o que mais me incomodava.
Estava diferente demais. Serena demais. Como se tivesse, de alguma forma, feito as pazes com algo que nem sabíamos que estava em guerra dentro del