Capítulo 28

Capítulo 28 — “Há silêncios que desarmam mais do que mil palavras.”

Isaac Aubinngétorix

Ela apareceu com luz nos olhos.

E eu… não soube o que fazer com aquilo.

Maeve entrou na sala de reuniões como se tivesse deixado para trás um peso invisível. Como se, de alguma forma, tivessem lhe devolvido o fôlego que a dor lhe roubara por meses. O jeito como olhou ao redor, como disse “bom dia”, até mesmo o modo como se sentou… tudo nela parecia diferente. Mas não era uma diferença ruidosa — era a serenidade de quem, depois da tempestade, aprendeu a andar entre os destroços sem cortar os pés.

E eu fiquei ali, sentado, tentando fingir que não a observava.

Mas observava.

Cada gesto, cada palavra, cada ausência de provocação. Esperava que a qualquer momento viesse o sarcasmo, o olhar afiado, a ironia cruel que ela vinha usando como escudo desde que voltou. Mas nada disso aconteceu. Maeve foi gentil. Cordial. Quase doce.

E isso me desestabilizou.

Durante toda a reunião, lutei para manter a expressã
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