Leonardo saiu do apartamento como um furacão, batendo a porta com tamanha força que as paredes pareciam tremer. Sophie permaneceu parada no meio da sala, os olhos fixos naquela porta fechada, o coração ainda acelerado pela discussão. Sentiu um alívio imenso por finalmente ter desabafado tudo o que guardava dentro de si, mas o medo também cresceu — medo de Leonardo despejar toda aquela raiva em Matteo.
Com o peito apertado, ela caminhou até a suíte. Abriu o armário e buscou um pijama confortável, de calça e blusa de algodão macio. Precisava se sentir leve, protegida em algo simples, longe dos vestidos luxuosos que só a lembravam da prisão dourada em que vivia.
No banheiro, deixou a água quente do chuveiro deslizar pelo corpo por longos minutos, como se pudesse lavar dali as lembranças da discussão, os gritos de Leonardo, as lembranças confusas de Matteo. Fez questão de cuidar de si: lavou os cabelos, massageou a pele, aplicou seus cremes preferidos. Não se permitiria mais se descuida