Leonardo abriu a porta com brutalidade, ainda carregando no corpo a eletricidade do quase-beijo interrompido. Do outro lado, um homem de terno preto, um de seus funcionários de confiança, abaixou a cabeça em respeito.
— Senhor… me desculpe a hora, mas achei que o senhor precisava saber. — a voz dele estava baixa, cautelosa. — Matteo esteve hoje na delegacia… dizem que ele está seguindo pistas.
Leonardo cerrou os punhos, os olhos escurecendo em pura fúria. O nome de Matteo, dito dentro daquele apartamento, era como veneno.
— Maldito seja esse idiota! — ele rugiu, o tom grave ecoando pelo corredor. — Eu já disse pra você e pra todos os outros: NUNCA apareçam aqui!
O funcionário engoliu seco, mas permaneceu firme.
— Perdão, senhor… achei que fosse urgente.
Leonardo avançou sobre ele, o olhar de predador prestes a devorar a presa.
— Quando eu quiser falar com você, vai ser apenas pelo telefone. Entendeu? Não ouse aparecer de novo na minha casa! — cada palavra saiu entre dentes, car