Sheik Rashid Al-Jamil
O tempo no hospital se movia de uma forma estranha. Os segundos se arrastavam como horas, e as horas desapareciam em um borrão de ansiedade. A sala de espera privativa que minha equipe havia garantido para mim parecia uma jaula. Eu andava de um lado para o outro, o carpete macio sendo a única testemunha da minha agitação. O sangue de Luna, agora seco, ainda manchava o punho da minha camisa, um lembrete gritante do meu fracasso.
A cirurgia já durava quatro horas. Quatro horas de silêncio, de não saber. A cada porta que se abria no corredor, meu coração saltava, apenas para afundar novamente quando não era o cirurgião.
Meus homens me traziam atualizações da guerra lá fora. Dubois estava sob custódia da Interpol, mas não estava falando. As equipes de busca estavam vasculhando a Riviera Francesa em busca de qualquer sinal de Siena, mas até agora, nada. A informação de Clara sobre o navio em Marselha era a nossa única pista sólida, e eu já havia despachado uma equipe