Li WeiSiena Amoretti Dal saiu da suíte, mas sua presença permaneceu, pairando no ar como o fantasma de seu perfume e o zumbido da minha humilhação. Minha bochecha ainda ardia, um lembrete físico e latejante da violação. Eu, que era tocado apenas com reverência ou desejo roteirizado, havia sido agredido por uma completa estranha.– Ela tem coragem, preciso admitir,– disse Lin, sua voz me tirando do meu torpor. Ela estava calma, já digitando em seu celular, tratando a situação não como um insulto pessoal, mas como um problema de logística. – Mas coragem, no nosso mundo, é apenas um sinônimo para imprudência.– O que ela quis dizer com 'Sofia'?– perguntei, a pergunta que martelava em minha mente. – Ela me acusou de roubo.Lin nem sequer levantou o olhar. – Detalhes irrelevantes. Alguma fã delirante, alguma golpista tentando usar seu nome. Acontece. O importante é que ela agora é uma ameaça controlada.– Controlada?– retruquei, a raiva subindo novamente. – Ela me agrediu, Lin! E você a
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