Na última vez, no hospital, o tio Bruno havia deixado claro o recado: ele protegeria Juliana a qualquer custo.
A pressão que ele impunha era imensa.
Bianca sabia disso.
E se o irmão perdesse o controle e batesse em Juliana...
O tio com certeza não deixaria barato.
E aí? Como esconderia as mentiras que contou?
O medo falou mais alto.
Sem pensar duas vezes, ela correu até Gustavo.
— Irmão, para com isso! — Gritou, segurando o braço dele com força.
O sangue escorria pelas articulações do punho dele.
A voz veio carregada de raiva:
— Me solta.
Era a primeira vez que Bianca via Gustavo daquele jeito.
Tenso.
Agressivo.
Assustador.
Ela trincou os dentes:
— Não solto!
Juliana assistia à cena como quem via dois palhaços fazendo número.
Aquela dupla dramática já não a afetava mais.
Massageou o pulso, agora vermelho do aperto de Gustavo, e se virou para ir embora.
Mas Gustavo sacudiu o braço com força, jogando Bianca para o lado, e avançou para segurar Juliana novamente.
Só que dessa vez... Falhou