Foi só quando algo atingiu seu rosto com força que Leonardo foi arrancado das doces fantasias em que estava mergulhado.
O objeto que o acertou foi uma pulseira de cristal.
Cada conta daquela pulseira, ele havia comprado no mercado popular, num pacotinho barato que custava poucos reais.
Com aquelas miçangas simples, ele mesmo montou a pulseira e disse a Camila que era única, feita especialmente para ela.
Camila nunca reclamou do preço ou da simplicidade.
Pelo contrário, usava aquela pulseira todos os dias, como se fosse um verdadeiro tesouro.
O pânico tomou conta de Leonardo.
— Mila...
A resposta dela veio firme, mas com a dor rasgando na voz trêmula:
— Leonardo, a gente terminou.
O peito de Camila doía tanto que parecia que o ar lhe faltava.
As lágrimas já haviam secado, agora só restava a respiração curta, o nó na garganta, e uma vontade desesperada de ir embora dali.
Ela não queria mais prolongar aquilo.
Ver com os próprios olhos ele pisar em tudo o que ela considerava sagrado...
Nã