Assim que Gustavo ergueu o braço para proteger Juliana, ela se moveu com uma agilidade impressionante, um giro rápido, seguido de um chute certeiro que acertou em cheio o antebraço dele.
Com o impacto e a dor repentina, o movimento de Gustavo foi interrompido.
Leonardo, que vinha correndo sem freio, não conseguiu parar a tempo. O caco de vidro que segurava rasgou a lateral do ombro de Gustavo.
O sangue jorrou na hora, manchando a camisa impecável.
O rosto de Gustavo empalideceu. Ficou tenso, o maxilar travado.
— Se... Senhor Gustavo... — Leonardo começou a tremer dos pés à cabeça. — Eu... Eu juro que não queria te machucar! Não foi culpa minha! A culpa é dela! Foi essa mulher! — Jogava a responsabilidade para Juliana com a maior cara de pau.
Juliana soltou uma risada gelada.
— Ah, claro. Eu tenho poderes telepáticos. Fiz você atacar o Gustavo contra a sua vontade, né?
Ela começou a achar que realmente tinha um talento natural pra ser bode expiatório.
Às vezes, ela realmente se pergunt