Num instante, o corpo de Juliana ficou rígido.
No segundo seguinte, Bruno se inclinou em direção ao seu ouvido, e o calor de sua respiração lhe pareceu estranhamente desconhecido.
— Tem câmeras.
Duas palavras ditas com leveza. Juliana fez um esforço para manter a calma, sem demonstrar qualquer fraqueza.
Ela apontou para a garota no final da fila.
As não escolhidas começaram a sair, uma após a outra. Quando a porta se fechou, Bruno puxou Juliana para sentar-se ao seu lado no sofá.
A luz do camarote era fraca, e no ar pairava um suave aroma de sândalo.
Homem elegante, mulher bonita, a proximidade entre eles era íntima e sugestiva.
A grande mão de Bruno, com dedos longos e bem definidos, ainda envolvia firmemente sua fina cintura.
Juliana sentiu um calor estranho subir pelo corpo.
Principalmente na cintura, onde o toque ardente dele parecia incandescente.
Ela tentou ao máximo ignorar a sensação e desviou o olhar para a garota à sua frente.
— Quantos anos você tem?
Lorena abaixou a cabeça.