O estrondo da porta sendo violentamente chutada ecoou pelo ambiente. Lorena agarrou o braço de Juliana, engolindo em seco, tomada pelo medo.
— Digam que fui eu quem quebrou tudo… Eles não vão fazer nada com vocês...
Juliana segurou sua mão, quebrando sua ingenuidade.
— Você realmente acha que a pessoa que te levaria pode te proteger?
Lorena ficou surpresa.
A situação atual não permitia que falassem mais nada.
Juliana rapidamente encontrou um armário grande o suficiente para esconder alguém e empurrou Lorena para dentro.
— Fique aí dentro. Não saia.
Fechando a porta do armário, Juliana se virou e se posicionou ao lado de Bruno.
— Você não precisa estar aqui. — Ele franziu o cenho.
— Sr. Bruno, não me subestime.
Juliana não era ingênua.
Desde o momento em que entrou naquele lugar, sentiu um olhar pesado sobre ela.
Pegajoso. Repugnante.
Talvez, desde o início, já tivessem percebido que estavam disfarçados.
Os sons do lado de fora ficaram mais intensos, vozes misturadas ao barulho ensurd