Angie entrou em seu quarto com o coração batendo descompassado, como se quisesse sair pela boca. A mente estava turbilhonada, uma mistura de incredulidade e uma euforia proibida que a envolvia completamente. Ela não conseguia acreditar no que acabara de acontecer – Robert, o chefe de seu pai, Robert… Eles haviam se beijado. Era surreal, como uma fantasia que se tornava real demais para ser ignorada.
Ela fechou os olhos por um momento, lembrando-se do toque dele, da suavidade e da urgência que ele transmitira. A sensação queimava sua pele, e, por mais que o medo de se machucar novamente a consumisse, havia algo mais forte dentro dela, algo que dizia para seguir em frente. Um impulso irresistível.
Apesar das dúvidas, da confusão, e das cicatrizes do passado, ela se deu conta de que não poderia se deixar paralisar. O medo não poderia ser mais forte que o que havia despertado nela naquele instante. Ela sabia que estava se arriscando, mas, pela primeira vez em muito tempo, sentia que vali