Na última frase, Pedro havia pronunciado cada palavra com muita força, enquanto Emanuel não havia demonstrado nenhuma emoção no rosto.
- O avô também sabia da sua identidade? – Depois de uma pausa, Emanuel pergunta.
Pedro deu uma risada.
- Claro que o avô sabia. Se não fosse por ele não me reconhecer, meus pais não teriam recorrido a tal artifício, me fazendo viver como um filho ilegítimo por tantos anos. – Ele respondeu.
Emanuel franziu a testa; ele realmente não havia se enganado, o avô sabia de tudo. Ele, de repente, entendeu o por que, antes de falecer, o avô havia segurado firmemente sua mão, pedindo desculpas. Naquele momento, Emanuel havia pensado que era delírio de um homem à beira da morte. Mas agora, ele entendeu tudo.
Pedro não perdeu nenhum detalhe sutil na expressão de Emanuel. Com um sorriso sarcástico, ele disse:
- Irmão, de qualquer forma, você é filho do papai. Ele não vai te tratar mal, mas você sabe como são as coisas, a família Antunes dificilmente será passada pa