A noite estava escura como tinta preta. Dentro da casa, copos e taças se entrecruzavam. No jardim externo, um vento forte soprava, prenunciando uma tempestade iminente.
Pedro, cambaleante, levantou de sua lona, e com um sorriso sinistro e descontrolado no rosto, encarou Emanuel com um olhar frio e cruel.
- Deixa eu te contar então. - Pedro abriu um largo sorriso, sua voz profunda rompendo o silêncio. - A razão pela qual mamãe prefere a mim do que a você é porque eu sou o filho que ela carregou no ventre por dez meses, enquanto você... Pedro fez uma pausa, apontando para Emanuel. - Você não passa de um bastardo cuja mãe é desconhecida!
Emanuel sentiu um calafrio na espinha. As palavras de Pedro caíram sobre sua cabeça como um raio num céu claro. As bombas que estavam enterradas em seu coração explodiram completamente!
- Agora você sabe por que mamãe prefere a mim do que a você. - Continuou o irmão que não descansava em seu ímpeto de revelar as verdades escondidas pela família.
Assim qu