Emanuel sabia que sua tática não era muito astuta, mas no momento não tinha outra melhor.
A Inês do presente não era mais aquela que o amava incondicionalmente. Ele não se sentia seguro em sua presença, nem tinha confiança.
Inês, com o nariz ardendo, segurando as lágrimas que surgiam em seus olhos, disse:
- O Emanuel que eu conheci nunca faria algo tão estúpido!
O Sr. Emanuel, que sempre se achava superior e invencível, recorreu à automutilação para manter uma mulher... Era inacreditável.
Se ela não tivesse entrado naquele momento, quem sabe o que mais ele seria capaz de fazer.
Inês se arrepiava só de pensar.
Emanuel, com um olhar pesado, disse:
- Isso porque antes eu não sabia o quanto te amava, o quanto temia te perder.
Inês apertava os punhos, sentindo uma vontade de bater em alguém.
Ele a amava tanto, ela deveria estar feliz.
Mas Inês não conseguia sentir um pingo de alegria.
- Emanuel, é isso que você chama de amor? - Inês olhava friamente para a ferida dele. - Uma pessoa que não