Emanuel não esperava que Inês entrasse de repente. Ele tentou parar, mas já era tarde demais. A adaga penetrou a ferida que ainda não havia cicatrizado, e o sangue jorrou imediatamente.
Inês entrou correndo e arrancou a adaga das mãos de Emanuel.
- Emanuel, o que você está fazendo?!
Uma sombra escura passou pelos olhos de Emanuel, ele cobriu a ferida que sangrava e disse:
- Nada.
Inês gritou furiosamente:
- Nada? Você se esfaqueia por nada?!
Emanuel ficou em silêncio por alguns segundos e disse:
- Foi um acidente, não foi de propósito.
- Você está mentindo como uma criança!
Inês estava louca de raiva. Nem uma criança acreditaria naquela desculpa esfarrapada.
Emanuel baixou os olhos, encarando o braço ensanguentado, sem dizer uma palavra.
Inês mordeu os dentes com força, pressionou a adaga contra o peito dele e disse:
- Se você quer morrer, vá logo! Ninguém vai te impedir!
Emanuel arqueou uma sobrancelha, encarando os olhos vermelhos da mulher à sua frente, e disse:
- Inês, eu não quer