O céu clareia devagar, tingido por um cinza opaco. A primeira luz do dia entra pelas frestas da cortina do quarto de Wick, revelando os estragos da noite anterior. O lençol manchado de sangue seco, os curativos improvisados, os olhos dele ainda fechados e o rosto pálido, quase translúcido.
Permaneço ao seu lado observando cada movimento sutil de seu peito, cada expressão que cortava seu rosto mesmo em inconsciência. Agora, com o sol tímido surgindo, decido fazer o que sei que precisa ser feito.
Levanto devagar da poltrona onde fiquei sentada e caminho até o banheiro. Pego uma bacia, encho com água morna e coloco algumas gotas de sabão neutro. Enrolo uma toalha pequena nas mãos, pego também algumas gazes novas e o soro fisiológico que Chuck deixou sobre a cômoda antes de sair.
Wick está suando. A febre subiu, e embora ele tenha resmungado algumas palavras, não acordou de verdade. Seu rosto ainda está tenso, como se lutasse mesmo no sono.
Coloco a bacia ao lado da cama, sento na beira