- Isso a deixaria melhor?
- Sim... Muito. Ninguém o tiraria da rua e enterraria em tão pouco tempo.
- Sim, também acho.
Clara foi me dando as coordenadas do caminho até sua casa e para minha surpresa, num determinado ponto disse:
- Pode parar aqui.
Observei atentamente e não havia muitas casas por ali. Ainda assim fiz o que ela pediu:
- Qual é a sua? – Quis saber, intrigado.
- Eu... Moro próximo daqui. Como a rua é mais tranquila, me arriscarei a ir dirigindo até em casa.
A encarei seriamente:
- Qual o seu problema com relação à sua casa?
- Não é a minha casa... E sim a minha família.
Eu balancei a cabeça, aturdido e peguei a mão dela, tentando chegar no fundo daqueles olhos azuis claros, que tanto me faziam perder o sono:
- Clara, eu duvido que sua família possa ter mais problemas do que a minha.
Ela sorriu tristemente:
- Sei que mais cedo ou mais tarde terei que lhe contar tudo... Mas não consigo fazer isto hoje. Não tenho condições.
Eu gostaria de fazer muitas perguntas e claro que