Sua voz era tão suave, mas atingia a alma.
Beatriz sentiu orgulho dele, mas também estava cheia de medo.
Beatriz o empurrou de volta para o quarto, seus olhos inchados como nozes.
Sua emoção era tão pesada que até sua respiração estava tensa.
— Daniel... você vai morrer? — Ela sentiu que tinha feito uma pergunta tola.
Ele quase morreu antes, não é? Com Daniel vivendo dessa maneira, a morte era apenas uma questão de tempo.
— Beatriz, eu não posso prometer nada, mas posso te garantir. Com você aqui, pelo menos eu viveria um pouco mais. Com você, eu não quero morrer.
— Mas você quase morreu desta vez.
— Porque você não me queria mais.
A voz de Daniel era tão baixa quanto um sussurro, quase inaudível.
Mas ela entendeu sua linguagem labial, naquele momento sua mente ficou em branco, e o silêncio era ensurdecedor.
— Você me dá um tempo para pensar, por favor?
Beatriz exalou profundamente, sentindo que precisava refletir seriamente.
Daniel assentiu, seu olhar claramente ansioso, mas sem ousa