Daniel ficou pálido ao ouvir isso, como se todos esses segredos fossem manchas escuras em seu coração, agora expostos por Beatriz.
Sua expressão de desdém não era fingida, e o olhar que ela lançava a ele era de repulsa.
Ele já tinha adivinhado a escolha de Beatriz. Conviver com alguém tão difícil como ele deve ser realmente exaustivo.
Ele não sabia com quem compartilhar seus sentimentos mais íntimos.
Ele também queria dizer a Beatriz que ela era a única pessoa no mundo em quem ele confiava incondicionalmente, a quem se dedicava sem reservas.
Mas... como um homem poderia dizer essas palavras sem parecer sentimental demais, além de parecer um tanto perturbado?
— Tudo bem... eu entendi. — Daniel, de repente, murmurou com a cabeça baixa.
Beatriz ficou surpresa.
Entendeu? Entendeu o quê?
— Você pode ir, eu não te culpo.
— Você ainda tem a cara de me culpar? Daniel, você que ficou em silêncio do começo ao fim, e ainda quer me culpar? — Ela estava tão irritada que quase avançou para mordê-l