Beatriz, sem se preocupar com o próprio ferimento, protegeu o terno atrás de si.
— Ainda bem...
O terno não foi danificado.
Ela planejava enterrá-lo com as roupas que ele costumava usar.
Se ela também morresse, que fossem sepultados juntos, e ela vestida de noiva.
Afonso olhava para ela protegendo aquele traje, apenas uma roupa e nada mais. Se fosse o Daniel, um ser humano de verdade, como seria então?
A garota que um dia estava disposta a sacrificar sua vida por ele, no fim, ele a havia perdido.
Ele cambaleou para trás, segurando-se na mesa para não cair.
— Como chegamos a este ponto?
— Beatriz, eu admito meus erros, mas e o seu coração? Você realmente me amou com firmeza? Talvez você nunca tenha me amado.
Beatriz não conseguia mais ouvir o que ele dizia e, mesmo que ouvisse, não estava disposta a discutir.
Afonso saiu cambaleando, mas ao chegar à porta, ainda não estava satisfeito.
— Beatriz, sei que você está muito magoada, por isso está agindo de forma impulsiva. Estarei presente n